A Greve Geral anunciada por diversas categorias em todo o país, deve afetar alguns setores em Petrópolis, nesta sexta-feira. O motivo são as reformas da previdência e trabalhista, promovidas pelo governo federal. O Sindicato dos Motoristas de Ônibus disse que 9 em cada dez motoristas deve aderir à paralisação. No entanto, o Setranspetro desmente, e diz que quem faltar trabalho vai ter ponto cortado na sexta-feira.
Muita gente só vai saber da adesão no momento em que a greve começar. Isso porque o movimento ainda divide opinião. Funcionários públicos do município não devem aderir à paralisação, enquanto em outras cidades o cenário é bem diferente. Assim acontece com outros setores.
O Movimento Sindical e Popular de Petrópolis, organizações estudantis, comunitárias e demais representantes da sociedade civil realizarão, também na sexta-feira, junto à greve, uma manifestação no Centro da cidade.
A concentração, na Praça da Inconfidência, está marcada para as 17h e seguirá até a Praça Dom Pedro - mesmo trajeto da última passeata contra a reforma, promovida no dia 15 de março.
Ao longo deste mês, representantes das categorias estiverem nas ruas panfletando e divulgando a greve e o ato contra as medidas. A resposta positiva por parte dos trabalhadores indica um bom número de participantes nas atividades grevistas. A última panfletagem geral está marcada para esta quarta-feira, dia 26, com saída do Sindicato dos Têxteis (Rua Marechal Deodoro, 209) Lá, podem ser encontrados materiais de divulgação da greve e do ato.
AS REFORMAS:
Os brasileiros terão de trabalhar por mais tempo para conseguir a aposentadoria, caso a reforma da Previdência lançada pelo governo Michel Temer seja aprovada. Depois de muitas idas e vindas, o relator da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287/16, que trata da reforma da Previdência apresentou o relatório final para ser discutido e votado na comissão e depois no plenário da Câmara. A Previdência vai exigir um "pedágio" do trabalhador: será preciso trabalhar 30% a mais do que faltaria para alcançar o tempo mínimo de contribuição pela regra atual (30 anos para mulher e 35 anos para homem) na data da entrada em vigor.
Além disso, para se aposentar, mulheres deverão ter pelo menos 53 anos de idade e homens, 55 anos. A proposta prevê que, com o passar do tempo, esse ponto de corte aumente gradativamente até chegar à idade mínima de aposentadoria da regra geral (62 anos para mulheres e 65 para homens). Quando isso ocorrer, em 2038, ninguém poderá se aposentar antes disso, e a regra de transição acaba
Em fase mais adiantada de apreciação está a reforma trabalhista, que teve o regime de urgência aprovado após feita por Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara. O texto deverá ser votado na quarta-feira 26 em plenário.
SERVIÇO:
Greve geral e ato contra as reformas
Data: 28 de abril de 2017
Local: Praça da Inconfidência (ao lado do terminal rodoviário) - Centro
Horário: 17h
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