Em visita à Nova Friburgo e Rio das Ostras no último sábado (16), o candidato do PSOL ao governo do Estado do Rio de Janeiro, Tarcísio Motta, debateu com o eleitorado das duas cidades suas propostas de criar plano baseado em três princípios: mapeamento da dinâmica socioambiental de todo o interior Fluminense, mobilização da sociedade civil para discutir os principais problemas da região e construção de um marco regulatório que garanta os instrumentos jurídicos, políticos e financeiros necessários para democratizar a administração pública do Estado e garantir um desenvolvimento integral, democrático e justo ambientalmente.
Professor de história, Tarcísio Motta também criticou “os anos de baixos investimentos em educação tanto por parte dos municípios da região metropolitana quanto pelo governo estadual. O padrão tem sido investir apenas o mínimo constitucional, sem levar em conta a necessidade de superar o atraso educacional do nosso país”. Durante duas décadas, disse Tarcísio, “assistimos os governos estaduais adotarem a política de municipalização, sem a menor responsabilidade, repassando para municípios já sobrecarregados novas escolas e responsabilidades. O ensino fundamental é, prioritariamente, competência do município, mas o Estado pode (e deve!) garantir o direito da população ao ensino fundamental quando os municípios não tiverem condições para tal”
Ele também informou que sua proposta é, em até dois anos após ser eleito, investir 35% do orçamento Estadual em educação e criar um plano de apoio financeiro e técnico para que os municípios em pior situação universalizem a oferta de Educação Infantil (creches), em quatro anos.
“Apolítica de dar prêmios e mais recursos às escolas com melhores índices reforça a desigualdade dentro do sistema: escolas localizadas em áreas mais vulneráveis (favelas e periferia), tendem a tirar as piores notas, não recebem recursos e a qualidade da educação continua caindo, aumentando a evasão e o desinteresse. Precisamos inverter completamente essa lógica, fazendo a avaliação partir de “baixo pra cima”: a comunidade escolar (professores, funcionários, pais e alunos) realiza o diagnóstico da escola, estabelece objetivos e cobra do poder público as condições para superar os obstáculos identificados”, completou Tarcísio.
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