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Quilombolas estão prestes a voltar pra casa


As famílias remanescentes do Quilombo da Tapera estão prestes a ter o sonho concretizado: nove das
13 casas que estão sendo erguidas no local estão praticamente concluídas e já contam com água e
luz elétrica. As portas de madeira serão instaladas na próxima semana e, a partir daí, estarão
prontas para receber os moradores.

A décima casa já está sendo montada, enquanto os outros três módulos reservados serão entregues
nos próximos dias. Na manhã de sexta-feira (30/08), o procurador Charles Estevão, do Ministério
Público Federal, junto com o presidente da Comdep, Hélio Dias e representantes da Setrac –
Secretaria de Trabalho, Assistência Social e Cidadania, visitaram o local e ficaram animados com o
andamento do trabalho.

“Está tudo dentro do cronograma, as três casas que estão faltando chegarão em breve. A empresa
está empenhada em dar uma rápida resposta e o governo municipal está satisfeito porque quando
chegamos aqui, em janeiro, a impressão era de um canteiro de obras abandonado”, disse o presidente
da Comdep.

Segundo o procurador Charles Estevão, o objetivo principal da visita era verificar o andamento da
obra e buscar uma previsão de conclusão: “As obras seguem em ritmo acelerado e agora a expectativa
fica em torno das outras três casas que ainda não chegaram. Mas com o que vimos aqui hoje,
acredito que não haverá qualquer problema e a obra será concluída dentro do prazo”, destacou.

Representante da Comunidade Quilombo da Tapera, Adão Cassiano, disse que todas as famílias estão
mais confiantes. “Fomos muito enganados nos últimos anos, mas agora é possível acreditar. Estamos
felizes com essa agilidade, pois ver essas casas prontas significa que, em breve, poderemos voltar
para o nosso lugar, para a nossa casa”, complementa.

As famílias são descendentes de escravos da antiga Fazenda Santo Antônio e a comunidade, que
existe há mais de 100 anos, foi uma das atingidas pela tragédia ocorrida no Vale do Cuiabá, em
janeiro de 2011. As obras só foram iniciadas em novembro do ano passado, porém, apesar de se
tratarem de casas pré-moldadas, depois de seis meses, a empresa contratada pelo governo anterior
ainda não havia concluído trabalho e acabou tendo o contrato rescindido pela Comdep.

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