
A população da Posse convive com um sério problema na área da saúde: O péssimo funcionamento e atendimento do Posto de Saúde da Família do distrito. A situação é tão séria que os moradores preferem recorrer, ao Hospital Municipal Nossa Senhora das Dores (HMNSD), em Areal, ou então à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Três Rios, mesmo que o atendimento dessas unidades esteja longe de ser dos melhores.
A principal reclamação da população, além da falta de médicos, e da ausência de uma infraestrutura decente, é a péssima qualidade no atendimento aos pacientes, segundo eles.
A moradora Monique Patoléa, 27 anos, conta que passou mal, na segunda semana de agosto, e recorreu ao PSF da Posse, no último dia 13. Lá chegando, foi atendida em tom de deboche, por uma médica, que segundo ela, se recusou a informar seu nome completo e seu número de registro CRM (número do Conselho Regional de Medicina). De acordo com Monique, que suspeitava ter crise de sinusite, a médica afirmou que o posto de saúde não tinha estrutura para que fosse feito um exame de raio-X. Ao solicitar um pedido de encaminhamento para outro setor, para que ela fizesse o exame em outro local, a profissional de medicina se negou a lhe dar o pedido de exame. A paciente conta que ficou chocada com o ocorrido, e deixou o PSF, voltando pra casa sem sucesso no atendimento.
Assim como a jovem Monique, dezenas ou até mesmo centenas de possenses convivem com este sério problema, que veio se agravando nos últimos anos.
A dona de casa Nazira Regina, conta que seu filho, Gustavo, ao sentir-se mal, foi ao Posto de Saúde da Posse, para ser consultado. Lá chegando, foi atendido pela mesma médica que atendeu Monique. A qual mediu a sua pressão arterial e lhe receitou uma injeção para que a pressão baixasse. Gustavo, desconfiado de que não estava com problema na pressão arterial, disse ter perguntado a médica para que fins ele teria de tomar a injeção, chegando a se negar a utilizar tal medicamento. A profissional de medicina, segundo Regina, em tom de deboche, disse a ele que se ele não quisesse tomar a injeção, fosse procurar atendimento em outro lugar. Então, o jovem se dirigiu ao Hospital Municipal Nossa Senhora das Dores (HMNSD), em Areal. Na unidade, o médico que o atendeu, disse que se ele tivesse tomado tal injeção receitada pela médica do PSF-Posse, estaria possivelmente no CTI, pois sua pressão estava relativamente baixa. Regina, mãe de Gustavo, conta que ficou indignada com a situação na Posse, e teme que aconteça com outros o que quase aconteceu com seu filho.
A moradora do Taquaril, Crislane Ventura, disse que prefere procurar atendimento em Areal, devido à falta de recursos da unidade da Posse.
Já para Fernanda Félix, moradora do bairro Salão Azul, procurar atendimento no Posto da Posse é "perda de tempo". A professora Carmen Gil disse que é um absurdo que a população tenha que passar pelo constrangimento de ser atendida em Areal: "Isto é terrível, haja vista que no município vizinho, os médicos nem sempre atendem moradores da Posse, por serem de outra cidade."-Completou a docente.
O Petronews colheu depoimentos de pacientes e enviou à Prefeitura de Petrópolis, em contato com a Secretaria de Saúde, através da Coordenadoria de Comunicação Social da mesma. Em relação ao caso da Monique, a secretaria informou que está ciente da situação e aguarda a formalização da denúncia para averiguar, e tomar as devidas providências.
Enquanto isso, a população continua revoltada com tal situação, e o número de atendimento a possenses no Hospital de Areal, só vem aumentando.
REDAÇÃO
#PortalPetronews
"Nossa Cidade, Nosso Portal"
Comentários
Postar um comentário