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400 PESSOAS PARAM O CENTRO DA POSSE EM MANIFESTAÇÃO


Cerca de 400 manifestantes foram às ruas na tarde desta terça-feira, reivindicar seus direitos e melhorias, no distrito da Posse, em Petrópolis. O protesto teve início por volta das 16:30, no calçadão do Ciep-281-Gabriela Mistral, e terminou na Praça 29 de Junho, centro do distrito.O comércio local começou a fechar as portas por volta das 16 horas.

A passeata foi totalmente pacífica, e percorreu o principal trecho do centro da Posse. Os manifestantes contaram com o apoio de um carro de som com microfone, por onde os líderes do movimento e representantes da população fizeram suas reivindicações.

A Guarda Civil enviou um contingente de 08 viaturas, que ficaram estacionadas na entrada do Posto de Saúde, para garantir a segurança, e o 26ºBPM enviou viaturas com 30 PMs, que ficaram espalhados pela área do protesto. Não houve nenhum tipo de conflito entre PMs e manifestantes.

Quando duas bombas explodiram, os líderes do movimento criticaram a ação, e afirmaram que não tolerariam atos de vandalismo. Além disso, os policiais militares foram aplaudidos pelos manifestantes

REIVINDICAÇÕES:

Dentre as principais reivindicações locais, estão: Melhorias no Posto de Saúde da Família, onde a falta de médico é constante e moradores dizem que o atendimento é péssimo; melhorias em infraestrutura para que o local possa sediar o distrito industrial da cidade; instalação de transporte público em bairros onde tal serviço é ausente atualmente; integração das linhas Jurity e Albertos com a 711 convencional, e também ônibus novos e maior disponibilidade de horários nas mesmas, que atendem ao Brejal. Também no transporte, moradores reclamaram da transferência, feita pela gestão retrasada, dos pontos final e inicial da linha executiva 770 (Posse), para o bairro Gaby, em Areal. O que segundo moradores do quinto distrito, prejudica a população. Pois os coletivos já vêm lotados de Areal.

No manifesto, também foi pauta, a precariedade das estradas e falta de infraestrutura nas áreas rurais da região. Em bairros como Contrões, Granja Claudia, Córrego Sujo e Tristão Câmara, muitas ruas sequer contam serviço de asfaltamento, que é o essencial. Outros bairros como Nossa Senhora de Fátima, Ingá, Boa Vista, Santo Antônio, também apresentam sérios problemas na infraestrutura.

A educação também foi citada pelos manifestantes. O distrito não conta com universidades, nem mesmo cursos técnicos profissionalizantes. O que obriga os estudantes, a se deslocarem para as instituições mais próximas, localizadas no centro e primeiro distrito da cidade. Dependendo assim, de ônibus convencionais, que além de altas tarifas e longas filas, demoram em média duas horas para chegar ao centro da cidade. Além de uma hora a mais caso a instituição seja em outro bairro, como o Bingen.
Além de tudo, a Posse conta apenas com uma creche, com capacidade para 60 crianças, o que quase não atende a demanda do local. A Escola Municipal José Gonçalves da Motta, também foi alvo de críticas, por estar interditada há muitos meses, sendo usada como moradia. Segundo moradores, o atual representante do executivo municipal, havia garantido a reabertura da unidade, que não foi feita até hoje.

Foi proposta a instalação de um hospital, ou unidade de pronto-atendimento no distrito. Atualmente pacientes da região, buscam atendimento em outros municípios, como Areal e Três Rios, o que mostra claramente a deficiência do sistema de saúde da Posse.

Na pauta, também haviam questões a nível municipal, como o fim do laudêmio, ou investimento do mesmo em áreas como saúde e educação.


Foto: Rodrigo Costa | Show do Esporte

A DISPERSÃO

O protesto, que teve início pelas 16:30 horas, só terminou por volta das 19:30 horas. Durante esse período, os manifestantes ocuparam totalmente a Praça 29 de Junho, bloqueando o trânsito das estradas União e Indústria, e Silveira da Motta, no sentido Petrópolis. No sentido Posse, da União Indústria, o congestionamento chegou ao distrito de Pedro do Rio, cerca de 16 km de congestionamento.

Para finalizar o protesto, manifestantes colocaram cartazes com as reivindicações próximo à residência do atual vereador do distrito, Ronaldo Ramos.

Texto: Arthur Vieira
#Exclusivo Petronews

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