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Técnica de fracionamento do sangue é utilizada em procedimentos para acelerar cicatrização.
A utilização do plasma rico em plaquetas (PRP) – originado da separação das hemácias do sangue – em cirurgias odontológicas e ortopédicas é, ainda hoje, considerado um tratamento revolucionário. Há 10 anos o procedimento é realizado no centro de hemoterapia do Hospital SMH – Beneficência Portuguesa, que produz o PRP através de
técnicas de fracionamento e preparo do sangue. As principais vantagens do método é que, por se tratar de um tecido “vivo” (natural), a possibilidade de rejeição é eliminada, o processo de cicatrização é acelerado e a capacidade de reconstituição do tecido é aumentada em até 50%.
Em Petrópolis, o PRP produzido no banco de sangue do SMH é usado especialmente em cirurgias de implantes dentários que necessitam da colocação enxerto (reconstituição) ósseo. O cirurgião dentista especializado em implantodontia Walter Antonio Geoffroy Bretz, que tem 53 anos de profissão e fez sua primeira aplicação de PRP num paciente há 10 anos, afirma que o recurso garante melhores resultados na cirurgia. “Trata-se de um material que já tem garantia de compatibilidade, o que permite a excelência dos resultados e a segurança do paciente”, esclarece.
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Dos 450 ml de sangue coletados num procedimento normal, 30 a 40 ml se transformam em PRP. A separação dos glóbulos vermelhos (hemácias) é feita logo após a coleta, ficando apenas o plasma rico em plaquetas. O material, que é mais denso que o sangue comum, segue para o tratamento especial. O médico hemoterapeuta responsável pelo banco de sangue do Hospital SMH, Marcio Vieira Muniz, explica que o profissional da área de saúde que quiser utilizar o PRP em algum procedimento precisa fazer uma “encomenda”. “Como se trata de um tecido ´vivo`, sua ´validade` é bem menor que a do sangue completo – o PRP dura 5 dias, enquanto o sangue pode ser armazenado por até 30 dias”, revela o especialista, acrescentando que o plasma, sozinho, dura até 1 ano.
Enquanto não segue para a aplicação, o material precisa ficar constantemente em movimento, o que é garantido por um equipamento que joga o PRP de um lado para o outro 24h por dia. “Eles trazem o material no próprio dia da intervenção, pois ele precisa ser mantido com aquela tecnologia de armazenamento”, ressalta o cirurgião dentista. O enxerto é feito manualmente num procedimento onde o material, semelhante a uma massa, é colocado no local que precisa ser preenchido. “Como a instalação de próteses fixas por implante é uma técnica bastante voltada para os idosos, já que consiste na reposição de dentes perdidos, as vantagens do PRP se tornam ainda mais importante por evitar complicação e oferecer mais garantia de bons resultados”, pontua Walter Bretz.
Segundo Marcio Muniz, (Foto) a técnica também é especialmente vantajosa em casos de recuperação de lesões em atletas. Isso porque estes têm pressa e dependem do sucesso do tratamento ou procedimento realizado para garantir seu desempenho. Dessa forma, em muitos países, especialmente da Europa, o PRP já é usado por médicos do esporte em
regiões como joelho e ombros, que frequentemente sofrem lesões em função das atividades físicas. “Diversos estudos científicos foram feitos, mostrando que a técnica é eficaz e segura. A diferença com relação a um material sintético usado em um enxerto é que ele estimula a produção das células que formam a cartilagem”, diz o responsável pelo banco de sangue do Hospital SMH.
regiões como joelho e ombros, que frequentemente sofrem lesões em função das atividades físicas. “Diversos estudos científicos foram feitos, mostrando que a técnica é eficaz e segura. A diferença com relação a um material sintético usado em um enxerto é que ele estimula a produção das células que formam a cartilagem”, diz o responsável pelo banco de sangue do Hospital SMH.
Foto: Ascom
Fonte: Jornal Diário de Petrópolis www.diariodepetropolis.com.br
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