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POLÍCIA DESCOBRE DEPÓSITO CLANDESTINO DE GÁS NO FLORESTA

Na casa a polícia encontrou 41 botijões de gás cheios, de diferentes tamanhos, e outros 12 vazios. O material estava armazenado em uma garagem. / Alexandre Carius
Um depósito clandestino de gás foi estourado na tarde de segunda-feira, por agentes do Serviço Reservado da PM, no Floresta. Duas pessoas foram presas e, no local, um total de 41 botijões de diferentes tamanhos foi apreendido. Esses estavam abastecidos, mas havia outros doze vazios. O material estava numa garagem, junto a um prédio de três andares, localizado na Rua Alberto Martins, no Floresta.
Um dos presos é um jovem de 24 anos, o qual já havia sido detido há cerca de seis anos, pelo mesmo tipo de crime. Na segunda-feira, quando os policiais chegaram, ele estava saindo de uma garagem com uma picape carregada com os botijões. Junto com o outro homem que estava no local carregando um carro, vai responder por crime contra a economia popular. No local havia ainda 37 bombonas de 50 litros cada, cheias com produtos químicos variados, os quais ainda não foram identificados pela perícia.
A Polícia foi informada da existência do depósito a partir de denúncias anônimas feitas para o Disque-Denúncia da P2. Ao ser flagrado pelos PM’s, o rapaz teria ficado nervoso e, enquanto dois policiais faziam a constatação da quantidade de botijas no interior do prédio, teria tentado entrar em contato com um amigo, solicitando que um caminhão fosse enviado para recolher o material, mas não teve tempo. Os botijões estavam espalhados entre a garagem, próximo a um portão e sob uma escada.
No local, os policiais encontraram ainda grande quantidade de material químico, o qual seria usado para a fabricação de detergente e sabão. A área precisou ser isolada pelos policiais, os quais acionaram a perícia. Ao todo, no local havia 37 botijões de 13kg, três de 45kg, um de 8kg e outro de 5kg. Todos esses estavam cheios, enquanto outros 11 de 13 kg e um de 8kg estavam vazios.
Desde o último dia 13, quando ocorreu a explosão num restaurante carioca, os perigos da armazenagem incorreta de botijões de gás ficou mais evidente e, recentemente, o tenente-coronel Rafael Simão, comandante do 15ºGBM, falou sobre o problema e destacou o Decreto nº897, de 1976, o qual instituiu o Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico, onde estão expostas as regras, normas e especificações para a venda e depósito de GLP. 
O código determina, por exemplo, a distância que dever ser observada entre as escolas, igrejas, clubes ou qualquer local vizinho que venha ter concentração pública, assim como o espaçamento que deve ser respeitado para os cilindros cheios e vazios. Mas, para o comércio, é necessária a aprovação e autorização de órgãos como Corpo de Bombeiros, Secretaria de Fazenda Municipal e pela Agência Nacional do Petróleo. Num levantamento realizado pelo Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindgás), em Petrópolis, somente em 2011 foram identificados 80 postos clandestinos de venda irregular de botijões de gás liquefeito de petróleo (GLP) ou “gás de cozinha”. Segundo o levantamento do sindicato, apenas 16 postos de revendas, em todo o município, são regulares.


TRIBUNA DE PETRÓPOLIS

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