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NOVA ONDA DE ASSALTOS PREOCUPA PETROPOLITANOS

O número de assaltos a pedestres, em Petrópolis, está preocupando a população. Só na quarta-feira, em plena luz do dia, teriam ocorrido cinco ataques contra estudantes, na Rua Santos Dumont, e à noite, em Itaipava, foi a vez de uma jornalista que migrou para o município há alguns anos, fugindo da violência do Rio de Janeiro. No dia seguinte, na Rua Casemiro de Abreu, Centro, outra jornalista também se tornou alvo dos marginais e perdeu pouco mais de R$ 500 em dinheiro. Ela registrou a ocorrência na 105ªDP.
Na Rua Santos Dumont, os ataques teriam ocorrido entre 12h e 13h, horário de entrada e saída das escolas da região. Segundo pais de estudantes, bandidos teriam levado, principalmente, os telefones celulares dos adolescentes. Os casos, entretanto, não teriam sido comunicados nas delegacias da cidade.
Em Itaipava, a vítima estava numa mesa, na parte externa de um shopping. Por volta das 21h30, ela usava um laptop, enquanto esperava a filha. Os dois telefones celulares também estavam à mostra, já que a mulher não esperava pelo ataque. Distraída, de costas para a estrada, a mulher não percebeu a aproximação silenciosa do bandido, o qual usava um capacete para esconder o rosto. A mulher registrou a ocorrência na delegacia de Itaipava, onde relatou que o bandido estava armado e, de forma discreta, mantinha o revólver apontado na direção da vítima.
Ao mesmo tempo, ele fechou o c
omputador, pegou os dois telefones sobre a mesa, assim como a bolsa da vítima, e em seguida deixou o local tranquilamente. Para a vítima, o ladrão não agia sozinho. Assustada, ela correu para um outro shopping da região, onde conseguiu ajuda e a Polícia Militar foi acionada. Através de e-mail, a mulher revela que a viatura chegou em menos de dois minutos, mas reclama: “Não há mais ronda da PM em Itaipava, à noite, pela União Indústria e arredores como havia há uns meses. A PM fica, por ordem superior, acredito, parada na estradinha entre Bonsucesso e a BR-040. Por que?”, questiona. “Precisamos de policiamento ostensivo, sim. Nossa PM local tem gente gabaritada para isso e, pelo que vi, eles querem uma Itaipava em paz, que o crime nunca se instale por aqui”, complementa.
No dia seguinte, dessa vez na Rua Casemiro de Abreu, no Centro, a vítima foi uma jornalista de 30 anos, atacada por um homem quando voltava para casa. Dela, o marginal levou todo o dinheiro que estava na carteira, assim como o telefone celular. Ela teria percebido a presença do bandido quando passava pela UCP, mas a princípio não desconfiou que pudesse se tratar de um assalto. “De repente, ele desapareceu e instantes depois estava novamente do outro lado da rua, na minha frente. Logo ele atravessou e me rendeu. Não consegui acreditar no que estava acontecendo comigo”, lembrou a vítima. “Ele simulava que estava armado, mas não tentei reagir. Depois de entregar meus pertences, ele me mandou descer a rua. Mas, o que mais me deixou indignada foi fato dele me chamar de volta, perguntando o que tinha que fazer para ficar comigo. Tive que afrontá-lo”, destaca a moça, salientando que o bandido acabou indo embora.
No mesmo dia, a jornalista procurou a delegacia para registrar a ocorrência e éoutra que reivindica mais policiamento para a cidade. “A Polícia Militar precisa fazer um planejamento incluindo um número maior de rondas pela cidade. Principalmente no período noturno. No trajeto até a minha casa, não encontrei nenhuma viatura policial.

Vítima de assalto desabafa

Foi roubada, por alguns dias, a minha alegria de todos os dias. Por consequência de uma maldade premeditada, por uma crueldade generalizada conosco, moradores de Itaipava, que acreditam estar vivendo dentro de uma comunidade segura e adorada por todos nós.
Assim como eu acreditava.
(...) Ontem, 19 de outubro, quarta-feira (...), fui assaltada, à mão armada, por um pivete, no shopping Tarrafa’s, às 9 e meia da noite. Estava esperando minha filha havia uma meia hora, sentada numa das mesinhas externas, em frente à pizzaria, ao lado da livraria. Distraída, de costas para a estrada, com meu laptop ab
erto, despreocupada... otária, pata. O instinto “carioca” havia desaparecido, dado o tempo em que vivo em Itaipava.
Ele se aproximou silencioso, de capacete, franzino e tranquilo, apontando a arma para mim. Fechou com sua mão o computador, pegou meus dois telefones sobre a mesa, arrebanhou minha bolsa e minha bolsinha do laptop. Ainda apontando a arma virou-se e dirigiu-se tranquilamente para o lado de fora do shopping.
Indescritível o que se passa quando acontece com a gente. Impotência, surpresa, raiva, incredibilidade, medo, desespero... não sei o que mais.
Saiu como chegou. Manso, devagar, a arma na mão. Não quero descrever a conversa.
Resumindo, sem segurança por perto, corri pro outro shopping, o Itaipava, e alguém lá acionou a PM, que em dois minutos, estava lá.
Não há mais ronda da PM em Itaipava, à noite, pela União Indústria e arredores, como havia há uns meses. A PM fica, por ordem superior, acredito, parada na estradinha entre Bonsucesso e a BR-040. Por que?
Itaipava é o nosso lugar escolhido, é onde resolvemos viver e fazer amigos. É onde compartilhamos a vida, a noite, o dia, os aniversários, os fins de semana, onde sofremos as separações, as mortes, enfim, é o local geográfico de nossas histórias espirituais e estamos aqui por opção, com certeza, repito, é nossa ideia do mais perto do ideal para viver. Aqui acreditamos estar tão seguros que o medo jamais passeia  por nossas calçadas.
O que foi isso...??
Soube que eu sou mais um boletim de ocorrência da Polícia nesse mês, por casos parecidos e covardes como esse. Quase dez, só em outubro.
Ontem fui eu. E amanhã? Você? Seus amigos? Os meus? Os nossos?
Não é perguntar até quando: é não deixar começar. O clássico cortar o mal pela raiz AGORA.
Precisamos de policiamento ostensivo, sim. Nossa PM local tem gente gabaritada para isso e, pelo que vi, eles querem uma Itaipava em paz, que o crime nunca se instale por aqui.
Esse pivete entrou no shopping de capacete, devagar, e com certeza não agia sozinho. Me abordou escondendo a arma para que, se alguém visse, era uma simples conversa. Precisamos de policiamento na rua, circulando, sim.
Jornalista, vítima de assalto em Itaipava.
TRIBUNA DE PETRÓPOLIS
www.e-tribuna.com.br

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