As obras de recuperação da estrada, que começaram na Hermogênio Silva, estão provocando congestionamento. / Anderson França
As obras ainda irão demorar. A previsão é de que esta primeira fase, quando serão recuperados 26,5Km da rodovia, esteja concluída em seis meses. “Estamos na etapa emergencial. O recapeamento está sendo feito nos trechos mais críticos. Acreditamos que dentro de seis meses esta fase esteja finalizada”, informou Rosana Lima, engenheira da São Marcos, empresa contratada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), para realizar as intervenções. Ela pede paciência à população e enfatiza que o trabalho está sendo feito de maneira a causar menos impacto no trânsito. “Toda obra em via pública, principalmente em uma tão movimentada como esta, é complicado, por isso estamos fazendo aos poucos, interrompendo o tráfego a cada 100 metros e liberando o fluxo a cada 10 minutos. Mesmo assim, não há como impedir os engarrafamentos. Infelizmente, é preciso ter paciência”, frisou a engenheira.
As intervenções na União e Indústria acontecem em dois horários: das 09h às 11h e das 14h às 17 horas. Nestes horários, a via ficará interditada, com trânsito em meia pista e no sentido pare e siga. Segundo o secretário de Obras, Stênio Nery, a segunda fase das intervenções, entre Pedro Rio até a divisa com o estado de Minas Gerais, já está sendo definida. De acordo com ele, a próxima etapa contará com obras de contenção, drenagem, recapeamento e sinalização. “Estaremos reunidos com a Promotoria e representantes do Dnit na próxima semana, quando esses pontos ficarão acertados. Este projeto será feito enquanto a primeira fase está em andamento. O que é importante ressaltar é que a partir de agora o Dnit é o responsável pela manutenção da rodovia”, informou. Ainda de acordo com Stênio, a segunda fase das obras será acompanhada pela Prefeitura. Segundo a engenheira Rosana Lima, todo o processo deverá ficar concluído em três anos. “A recuperação da União e Indústria faz parte do Plano Nacional de Viação do Dnit. Será feito toda a restauração, adequação e melhoramentos na rodovia”, disse.
As intervenções na União e Indústria só foram possíveis após a instauração de uma ação civil, em 2008, proposta pelo Ministério Público Federal e que tramita na 2ª Vara Federal de Petrópolis. Na época, a União e o Dnit foram condenados a assumir imediatamente a administração e gestão da estrada, adotando todas as medidas necessárias para sua recuperação e permanente manutenção, enquanto não fossem formalizados os termos de ciência a outras instituições federativas. O Estado do Rio de Janeiro também foi condenado a adotar medidas necessárias para a recuperação e manutenção dos trechos da estrada incorporados à sua malha viária. Em 2009, uma sentença judicial reconheceu que a estrada – primeira rodovia pavimentada do Brasil – é federal e que a responsabilidade pela administração é do Dnit, pondo fim à indefinição que perdurou por mais de 20 anos e ocasionou o abandono de trechos nos municípios de Petrópolis e Três Rios. JANAINA DO CARMO
Redação Tribuna Retirado de: TRIBUNA DE PETRÓPOLISwww.e-tribuna.com.br
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